Atualmente nos laboratórios clínicos a
coleta é um setor preocupante, pois é o local onde é registrado o maior número
de acidentes, devido ao uso de agulhas e outros materiais pérfuro-cortantes.
Para evitar tais acidentes são
necessárias algumas medidas que devem ser tomadas por todos os profissionais da
saúde bem como a realização dos Procedimentos Operacionais Padrão (POP’s) para
serem seguidos:
- Conhecer as regras para o trabalho com agente patogênico;
- Conhecer os riscos biológicos, químicos, radioativos, tóxicos e ergonômicos com os quais se tem contato no laboratório;
- Ser treinado e aprender as precauções e procedimentos de biossegurança;
- Seguir as regras de biossegurança;
- Evitar trabalhar sozinho com material infeccioso: uma segunda pessoa deve estar acessível para auxiliar em caso de acidente;
- Todo profissional da saúde deve estar em dia com a vacinação. As principais vacinas são: tétano, difteria e coqueluche, hepatite A e B, varicela, influenza, meningite C, sarampo, cachumba e rubéola;
- Manter o laboratório limpo e arrumado, devendo evitar o armazenamento de materiais não pertinentes ao trabalho do laboratório;
- Limitar o acesso aos laboratórios, restringindo-o nos laboratórios de níveis de contenção 3 e 4;
- Não permitir crianças no laboratório;
- Esclarecer mulheres grávidas ou indivíduos imunocomprometidos que trabalham ou entram no laboratório quanto aos riscos biológicos;
- Mantenha a porta do laboratório fechada;
- Usar roupas protetoras de laboratório (uniformes, aventais, jalecos, máscaras) que devem estar disponíveis e ser usados inclusive por visitantes;
- Usar luvas sempre que manusear material biológico;
- Retirar o jaleco ou avental antes de sair do laboratório;
- Não usar sapatos abertos;
- Usar óculos de segurança, visores ou outros equipamentos de proteção facial sempre que houver risco de espirrar material infectante ou de contusão com algum objeto;
- Não aplicar cosméticos;
- Não retirar canetas ou qualquer outro instrumento do laboratório sem descontaminar antes;
- Não mastigar lápis/caneta e não roer as unhas;
- Evitar o uso de lentes de contato. Se houver necessidade de usá-las, proteja os olhos com óculos de segurança;
- Cabelos compridos devem estar presos durante o trabalho. O uso de jóias ou bijuterias deve ser evitado;
- Lavar as mãos sempre após manipulação com materiais sabidamente ou com suspeita de contaminação;
- Lavar as mãos sempre após remoção das luvas, do avental ou jaleco e antes de sair do laboratório;
- Nunca pipetar com a boca. Usar pêra ou pipetador automático;
- Restringir o uso de agulhas, seringas e outros objetos pérfuro-cortantes;
- Extremo cuidado deve ser tomado quando da manipulação de agulhas para evitar a auto-inoculação e a produção de aerossóis durante o uso e descarte;
- Não transitar nos corredores com material patogênico a não ser que esteja acondicionado conforme normas de biossegurança;
- Não fumar, não comer, não beber no local de trabalho onde há qualquer agente patogênico;
- Não estocar comida ou bebida no laboratório (De acordo com a NR-32 de 16.11.05);
- Nunca usar vidraria quebrada ou trincada;
- Descontaminar a superfície de trabalho sempre que houver contaminação com material infectante e no final do dia, de acordo com as rotinas estabelecidas no manual de limpeza e desinfecção;
- Descontaminar todo material líquido ou sólido antes de reusar ou descartar;
- O símbolo internacional de biossegurança deve estar fixado na entrada dos laboratórios que manipulam microrganismos de risco 2 ou maior;
- Evite o hábito de levar as mãos à boca, nariz, olhos, rosto ou cabelo;
- Não mantenha plantas, bolsas, roupas ou qualquer outro objeto não relacionado com o trabalho dentro do laboratório (objetos de uso pessoal não devem ser guardados no laboratório);
- As unhas devem ser curtas, bem cuidadas e não podem ultrapassar a ponta dos dedos. Preferencialmente sem conter esmalte, pois libera micro fraturas;
- Use cabine de segurança biológica para manusear material infeccioso ou materiais que necessitem de proteção contra contaminação;
- Utilize dispositivos de contenção ou minimize as atividades produtoras de aerossóis. Ex: centrifugação;
- Qualquer pessoa com corte recente, com lesão na pele ou com ferida aberta (mesmo uma extração de dente), devem abster-se de trabalhar com patógenos humanos;
- Coloque todo o material com contaminação biológica em recipientes com tampa e a prova de vazamento, antes de removê-los de uma seção para outra do laboratório;
- Descontaminação por autoclavação ou por desinfecção química, todo o material com contaminação biológica;
- Descontamine todo equipamento antes de qualquer serviço de manutenção;
- Saiba a localização do mais próximo lava olhos, chuveiro de segurança e extintor de incêndio. Saiba como usá-los;
- Mantenha preso em local seguro todos os cilindros de gás, fora da área do laboratório e longe do fogo;
- Todo novo funcionário ou estagiário deve ter treinamento e orientação específica sobre Boas Práticas Laboratoriais e Princípios de Biossegurança aplicados ao trabalho que irá desenvolver;
- Qualquer acidente com exposição a material infectante deve ser imediatamente comunicado à chefia do laboratório, registrado em formulário específico e encaminhado para acompanhamento junto a Comissão de Biossegurança da Instituição, para as medidas cabíveis.
- Referências:R . I S H A K , A . C . L I N H A R E S & M. O. G . I S H A K. Rev. Inst. Med. trop. São Paulo 31 (2): 126-131, março-abril, 1989. BIOSSEGURANÇA NO LABORATÓRIO. Disponível em: www.scielo.br/pdf/rimtsp/v31n2/11.pdf. Acessado em 20 de outubro de 2011SEIXAS, FABIANA KÖMMLING. Biossegurança em laboratórios de pesquisa. Disponível em: www.ufpel.edu.br/cenbiot/Biosseguranca%20%201.ppt. Acessado em 20 de outubro de 2011.Dra. MARTINS, Adriana Sotero. Biossegurança uma necessidade nas Instituições de CT&I do Amazonas. Disponível em:www.cgee.org.br/atividades/redirect.php?idProduto=2120. Acessado em 22 de outubro de 2011.Cícero, Luciana Di. Histórico da biossegurança no Brasil. Diretora Científica da ANBIO. Simpósio sobre Biossegurança de Organismos Genéticamente Modificados. Disponível em: www.direxlim.fm.usp.br/download/Dra.%20Luciana%20Di%20Ciero.pdfAcessado em 22 de outubro de 2011
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